08 outubro 2006

VERDADES...

Nem tudo está perdido. O que se perde nem sempre é tão necessário. A gente é que fica querendo abrir um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima. Mas nunca te devolvem as coisas intactas. Sempre falta um pedaço. Ou seu ou do outro. E você não sabe como consertar.
Alguns pedaços meus cairam no chão. Porque as palavras, muitas vezes, são duras demais. Só que a gente precisa delas para sobreviver. Quem sabe mesmo despedaçado. E ando preferindo mil verdade que me façam chorar do que mentiras que me façam sorrir. Ando meio saturada de tanta mentira. Vamos botar o pé no chão. Enchi de ter ilusão. Tudo bem que eu tiro os pés do chão. Mas preciso de algumas bolas de chumbo no momento.
Tá certo. Eu acreditei. Tem horas que me sinto uma idiota por acreditar em tudo o que me dizem. Mas acredito. Não sei viver sem crer. Não sei. Tudo bem. Foi tudo uma ilusão mesmo. Ou quase tudo. Uma pena. Mas isso talvez me faça entender que nem todas as pessoas são iguais a mim.
Mas vamos parar de pensar nisso. Você já pensou demais. Não adianta nada. Que tal seguir sua vida adiante. Tanta coisa a se preocupar. Tanta coisa a pensar. Tanta coisa a viver. Pára. Começa a viver, Roberta! Começa a entender que o mundo é assim mesmo. Não é você que diz que a vida são escolhas? E porque você ainda escolhe ficar aqui???! Esperando. Esperando por algo que não vem.
De repente, todas essas coisas me deixaram forte. Quem sabe não seja mesmo isso que estou precisando?! Ficar forte. Músculos da alma. Uma alma mais forte. Para aguentar o que mais vier. Para entender que a vida não se resume só nisso. Que há outras coisas com que me preocupar ou melhor, há outras coisasna vida que me façam mais feliz...
E aqui, no meu apartamento, abro a geladeira para pensar. É... eu faço isso. Olho a garrafa de vinho. Mas acabo preferindo uma montanha de pipoca doce com refrigerante. E mil capítulos de Grey's Anatomy para distrair. Eu tô anti-social. Embora no fundo quisesse um encontro socio-etílico-cultural. Na real situação, mais etílico do que social. Daqui a pouco vou virar uma sociopata! Sociofóbica eu já estou!
Nada além de mim mesma para me salvar das minhas loucuras. Há tanto para entender nesse meu universo particular. Nem sempre é o tempo de querer atravessar as linhas traçadas. Linhas que unem e nos afastam de tudo. E eu não posso estar atrelada a velhas idéias e desejos. Novos universos irão cruzar o meu mundo pequeno. Vamos abrir caminho. E que venha o novo!

Nenhum comentário: