30 junho 2007

CONCESSÕES




Eu me arrependo mais pelas coisas que não fiz. Porque sempre faço minhas escolhas com o coração. E quando abraço uma causa, uma pessoa, uma idéia, uma paixão, é porque o coração está no meio disso tudo dizendo: - SIM!!! É ele, é isso, é agora, é assim mesmo!!!! Pronto!



Só que, de repente, tem uma história que não te deixa em paz. Ela parece que não morre. Embora, para você, ela já morreu há muito tempo. Como um daqueles episódios intermináveis de sexta-feira 13, em que Jason volta a te assombrar constantemente. Ou então, há alguma semelhança com o Mun-ha - O ser de vida eterna dos Thundercats. Como essa história sempre volta do país dos pés juntos, tem sempre uma pessoa pra falar sobre o assunto, ou pra dizer coisas a seu respeito que nem você imaginava.



A verdade é que, pouquíssimas vezes, me arrependo por ter seguido o coração. E essa é uma delas. Essa é a parte que eu modificaria. Porque a gente, às vezes, abre concessões para quem não merece ou quem não tem maturidade o suficiente para viver determinadas coisas.

Na verdade, a história em si não tem nada de mais. Só que o "zé povinho" fica sempre querendo falar da sua vida, inventando histórias.


Na verdade, tô pouco me lixando pra o que falam de mim. Porque eu sou assim. Sou isso mesmo. Quem me ama, me ama. Quem me ama sabe quem eu sou de verdade. Quem me odeia, que morra do coração. Que fique roxo de inveja. Que se mate, porque não tô nem ai.



O que me irrita é saber que tem gente que se importa com o que o "zé povinho" diz. Gente que é importante pra gente. O problema é esse: Porque ai, essas pessoas ficam sem saber o que fazer. Vivem de ressalvas. Ficam me observando, pra saber se "eu sou eu" ou se sou o que o disseram.
E mesmo que te digam que isso não tem importância: Tem sim!!! Tanto que esse fato, vira e mexe, está entre nós. Está mantendo uma distância em meio à desconfiança.
Tanto tem que, vira e mexe, fazem menção à fofoca, especulam a meu respeito, e por ai vai.
E há muito tempo atrás, se eu tivesse pisado na bola, provavelmente poderiam iria dizer: "É... bem que me falaram."



Eu vou colocar aqui um texto que fiz há muito tempo atrás, depois de uma conversa com uma amiga linda. É sobre respeito.



Respeite. [...]Dê tempo e viva a dor. Quando ela passar, você vai estar mais forte. Melhor. Você é legítima. Você sentiu. Você se permitiu entregar-se aos seus sentimentos. Você foi verdadeira. E agora tem o direito. Direito de se sentir triste. [...] É assim a vida. A gente erra para acertar. A gente erra para aprender. O jeito é aprender a não fazer concessões a quem não merece. Seguir em frente. E lembrar sempre: Assumir sentimentos é se dar o devido RESPEITO.



14 junho 2007

Cinema Novo...


Não importa a idade que você tenha. Algumas coisas você vai viver pela primeira vez. Não adianta querer bancar o sabichão ou a sabichona. Dizer que sabe de tudo. Que já viveu e sabe quanto dá A+B. Essa matemática é diferente.


Tem coisas na vida que, por mais que você tenha experimentado, não vão ser iguais. Sabe por que? Simples. Porque nenhuma situação é igual. Pode ser parecida. Igual?! Duvido muito.


Não adianta você dar essa desculpinha barata de que já viu esse filme antes. Não adianta dizer que sabe bem como as coisas vão acontecer. O filme pode até ser o mesmo. Mas REMAKE's sempre abrem espaço para mudanças. Assim como novos personagens que entram e saem na vida da gente!

13 junho 2007

CHAMA



Como um menino, quando acabam sua brincadeira. Assim parecia ele...

Ele a chamou de fria em pleno dia dos namorados. Ele tinha o direito de achar o que quisesse, desde que fosse real. Ela tinha o direito de ser. Era tudo, menos fria. E, se ele se propusesse a conhecê-la melhor, talvez abandonasse toda a arrogância daquele momento. Mas ela pouco se importava com ele. Apenas achou engraçado. Sorriu sozinha. Quem a conhecia sabia que gostava de brincar. Que adora músicas. Que adora cantar. Falar besteiras e viver a própria vida com delicadeza e suavidade. E que aquecia a tudo que tocava com amor.

Quem a vê não diz, mas quem a conhece - de verdade - sabe que ela tem a natureza das correntes. Que é quente nas palavras, nos gestos, nas frases, nos pensamentos e nas mensagens. Sabe que ela gosta de amarrar histórias, desatar nós, procurar objetos esquecidos no fundo dos armários do peito. Que ela sabe dizer o que vai no interior do interior do interior da gente. E, entre ventanias, é sempre Chama.

12 junho 2007

Ai, ai, ai... O AMOR!!!!





O amor bate na porta
O amor bate na aorta
fui abrir e me constipei.
Cardíaco e melancólico,
o amor ronca na horta
entre pés de laranjeira
entre uvas meio verdes
e desejos já maduros.

[...]

Mas também vejo outras coisas:
vejo beijos que se beijam
ouço mãos que se conversam
e que viajam sem mapa.
Vejo muitas outras coisas
que não ouso compreender...

Carlos Drummond de Andrade



Eis que vem o dia dos namorados. Todos os lugares estão enfeitados com corações. Nas prateleiras, todas as opções: bichinhos de pelúcia, chocolates, perfumes, vinhos, dvd's, lingerie, tênis, canivetes, IPods, laptops, câmeras digitais, cds. Tudo o que você possa imaginar para presentear a quem você ama. Ou até a quem você gosta um pouquinho... mas aquele tanto o suficiente para se render ao dia dos namorados.

E Você está nessa, não é mesmo? À procura do presente. Um mar de opções mas nenhuma combina com o cabelinho arrepiado dela, o nariz lindo dele ou os dentinhos falhados na frente (lá vou eu com esses dentes de novo!!!!), aquela carinha de bobo apaixonado que ele faz ou com o jeito desastrado dela.

Calma, calma...

Não precisa de muito. Só precisa de você. Na verdade, o presente é você. Ela não sabe, você também esqueceu. Mas é assim: vocês são os presentes principais do dia. A gente se rende à história consumista, porque é ótimo dar e receber presente. É ótimo romance. Eu adoro. Você também deve gostar. E o mais importante é saber que você tem a quem dar presente!!! Isso não é o máximo?!
Então hoje é o dia. Você fica bobo. Você não sabe o que fazer. Jantar?! Almoçar?! Flores?! Chocolates?!

Lembre-se do essencial: Eu, Você e NADA MAIS!!!!

Hummmmmmm, que tal?! Renda-se!

E um feliz, feliz, feliz dia dos Namoridos, Namorados, Namorôlos, Namocasos, Namopaixões, Namo-nem-sei-mais-o-que para todos vocês.

E aos que não estão namorando: Fé em Sto. Antônio, Queridos!

09 junho 2007

Pra vida inteira...


Não sei você, mas eu sempre quis ser muitas coisas. Não acredito nessa história super rígida que você nasceu para uma coisa só e pronto: só vai servir para isso. Nunca foi bem assim comigo...

Eu já fiz tanta coisa... Já quis ser professora.

Quem nunca quis ser professor? (tudo bem... alguns nunca quiseram e têm todo o direito!)

É a primeira figura que você tem contato. Que faz parte do seu mundo. Ajuda você a mudar e moldar quem você vai ser. Achava bárbaro isso. E, um dia, acabei dando aula numa escola pública. Foi simplesmente fantástica a experiência. Todos os dias, aquelas pessoas me surpreendiam. Me mostravam várias coisas diferentes. Mudavam o meu mundo também. Abriam as minhas concepções, os meus conceitos, minhas idéias limitadas do mundo. Me mostravam como as diferenças nos faziam crescer e entender as pessoas.

Nós somos seres de vasto potencial. Não é à toa que eu escrevo melhor do que faço outras coisas. E faço algumas outras coisas melhor do que escrevo. (rsrsrsrs!)

A verdade é que não sabemos DEFINIDAMENTE o que queremos para o resto das nossas vidas. E isso é ótimo! Acho uma lástima a gente ter tudo certinho, de um jeito projetado para daqui há anos, milênios. Até porque, mudamos de opinião a cada minuto. A gente muda, as pessoas mudam, o mundo muda. Porque não mudar de querer?!

O problema é que os metódicos - e muitas vezes nos comportamos assim - querem definir algo para todo o sempre, amém. Mas não é assim...

Temos muitas possibilidades. A variabilidade nos atrai. As pessoas nos atraem. E a gente fica assim... no sobressalto. A beira do abismo. Prestes a mudar o destino. Sem saber o que vai ser, ou o que quer... pra vida inteira.


06 junho 2007

Kiss!

Foto: "Uma Linda Mulher" - Quando Julia Roberts canta a música Kiss de Prince!




"You don't have to be rich to be my girl
You don't have to be cool to rule my world
Ain't no particular sign
I'm more compatible with
I just want your extra time and your . . . . . kiss!!!"
Kiss - Prince
Uma beleza diferente. Uma beleza só dela. Um jeito de gesticular. Ela falava sem parar. E reclamava dos meus maus modos. Outras horas, era só silêncio. Era também o abraço mais gostoso. As palavras mais cheias de sentimento e mistério. Guardava um mundo dentro de si.

Me apaixonei a cada mensagem. Ela e suas idéias.

De repente, estava eu, lá, preso em cada pedaço da história daquela menina. Sim, era uma menina. Cheia de birra. Cheia de brincadeira. Cheia de entusiasmo e magia. E eu, homem com idéias de menino, não queria perdê-la como antes.

Ela era a minha Julia. Sim, Julia Roberts. Sorriso largo. Olhos vivos. Diferente de tudo o que havia encontrado. Ela entrou na banheira do meu pensamento e cantou. En-Cantou a mim. Cantou as suas letras tortas.

Um dia, nós dançamos. Dançamos no final de um filme. A música tocando. O letreiro subindo. E a gente, ali, parados em frente a TV, dançando. Nunca vou me esquecer de tudo o que vivi com ela. A ruiva. A loira. As várias mulheres numa só. Cheia de independência. Cheia de uma coisa que nunca soube muito bem definir... indefinidamente minha!

Ainda guardo no pensamento o dia em que sentamos nas pedras da praia. Conversamos sobre tudo o que vivemos até ali. Não concordei com tudo o que ela quis. Daqui a 10 anos estaríamos prontos para viver o que eu queria viver ali - naquele exato momento. E, no final, acabei concordando com ela. Só lembro de nós quando Nina Simone toca no carro -aquele cd que ela deixou comigo. Quando ouço Madredeus. Quando faço a barba achando que vou encontrá-la. Quando penso que eu só queria "seu tempo extra e seu.... beijo".

05 junho 2007

Qual é sua queixa?


"Você pensa que eu tenho tudo
E vazio me deixa
Mas Deus não quer que eu fique mudo
E eu te grito esta queixa"

Queixa - Caetano Veloso.



Todo mundo tem uma queixa. Não adianta vir com cara de bobo alegre pro meu lado não. Você também, no fundo, tem uma queixa. Aquela que você não quer localizar. Aquela que você sabe onde está, mas não quer dizer. Aquela que já dura dois dias. Aquela que está ai há anos. Aquela que começou a doer depois dessas palavras.

Ela pode ser principal, secundária, coadjuvante e até figurante na sua vida. Mas ela está ai. Sim... Aí, dentro de você. É aquilo que você engoliu a seco. Muita farinha e pouca água. Aquele sapo cururu enooorme que o seu chefe te fez digerir. Aquela frase que proferiram só pra te colocar pra baixo. Aquele colega de trabalho que te passou pra trás. Aquela mocréia que pegou o último creminho da prateleira na sua frente. Aquela sessão de cinema que você perdeu e saiu de cartaz. Aquele beijo que você não deu. Aquele convite que você não aceitou. Aquela festa que você desistiu de ir no último minuto.

Mas sabe... não adianta se queixar. Não adianta ficar aqui, por horas, a contar sobre o que você perdeu. É... Passou?! Passou! Perdeu?! Perdeu... Só vai adiantar você contar, descrever, localizar e intensificar tudo o que sentiu, se você não quiser passar por isso novamente. Ou se, pelo menos, você mudar o final da história. Mas saiba bem... nada vai acontecer igual à primeira vez. São sempre novos contextos, novas personagens. A única coisa que não muda é você: o PROTAGONISTA dessa história.

Vamos fazer um novo final?!



03 junho 2007

VOCÊ AÍ...


Para dias frios: chocolate quente.

Para olhos curiosos: o buraco da fechadura.

Para longas distâncias: pontes, avião, DDD, DDI.

Para as saudades: Presença.

Para os enganos: Perdão.

Para as crianças: Pirulitos, Balas e Bombons.

Para somar: eu e você.

Para brigar: TPM.

Para raciocinar: Neurônios.

Para guardar: Cofre, gavetas, pastas.

Para pagar: Dinheiro.

Para o sucesso: Luta.

Para escrever: Caneta, papel ou computador.


Para viver, entender e ser: BASTA VOCÊ!!!!

01 junho 2007

À Procura da Batida Perfeita


Enquanto as pessoas aprendem a fazer equações matemáticas, a gente sai a procura da batida perfeita. Sim! A batida do coração. A batida da emoção.

Naquele instante em que tudo acaba. Em que se está na paz. Em que as notas da canção pedem um abraço. Em que a chuva na vidraça pede um cobertor de orelha. Em que o frio nos chama para um carinho especial. A gente continua. O som nos chama: a batida perfeita...

Aquele coração que tropeça, cai e se parte todo - num segundo se recompõe. Abre caminhos. Vê as luzes no ar. Radiante avança. Se prepara para viver novamente mil e uma cores. Perde o medo que o fez se esconder por algum tempo. Porque sabe: Vai ganhar mais do que perder se arriscando. Vai ser mais fiel ao que melhor sabe fazer: BATER E BATER E BATER!!!!