23 julho 2006

Celebração do Inútil Desejo


Por que você me faz
Andar sem rumo agora

Se não existe sentido
Pra nossa falta de destino
?


Por que você me faz
Andar na contramão

E ver em mim pedaços
Que eu nunca conheci?


O que eu preciso saber
Pra te ter comigo de novo
?
Eu, por exemplo, tatuaria em mim
Todas as telas do mundo
Por um sorriso teu... sincero
Por um sorriso teu... sincero

Por que você me faz
Correr tanto
Se uma flor arrancada
Não sobrevive mas que alguns minutos?

Por que você me faz
Andar pra trás se o mundo
Pára e perde a graça
Quando te vejo assim partindo?

Nem a sede do teu corpo
Bebendo água em outro

Nem os teus desejos coloridos
Me fazem desistir
E me calam a boca...

Por um sorriso teu... sincero
Por um sorriso teu... sincero
Por um sorriso teu... sincero

Celebração do inútil desejo!


(Fernanda Mello e Rogério Flausino)

Eu sei que essa história é mais forte e maior do que eu e você. Nessas horas, preciso tanto de você aqui. Para acender as minhas poucas mas fortes certezas. Preciso de você, que me diz: Será pecado eu te querer? Não sei. Só tenho medo de, um dia, te esquecer. Ou de nunca viver o que temos pra viver.
Não quero isso. Quero acreditar no que me diz. Na sua sinceridade. Nesse destino maluco. Na falta do nosso destino - que agora insiste em separar estradas. Para não perder o que a gente tem de mais bonito: a confiança, a cumplicidade, e o querer-bem - acima de qualquer coisa.

Vou seguir minha vida, mais uma vez. Quando penso em parar e seguir um caminho até você, as coisas não estão como deveriam. Então, tenho que deixar as coisas acontecerem por aqui também.

Não sei se seriamos felizes nesses Km's todos que nos separam. Nunca quis levar a sério a gente justamente por isso. Mas não deu. Assim tudo aconteceu. Não levei a sério a história, mas ela me levou a sério. E sempre prefiro arriscar. Penso em investir. Sou adepta aos investimentos de risco. Porque quando vejo que quero uma coisa. Quero. Planejo ir ao encontro disso.

Estamos, mais uma vez, em opostos. Quando a sede do meu corpo bebe água em outro, você pensa em mostrar o que quer. O mesmo acontece comigo. E tudo se repete. As coisas acontecem. As pessoas aparecem, a gente se joga na vida de outras. A gente traz outras pessoas ao nosso caminho. Mas nunca nos separamos de fato. Estamos ligados. Não por acaso, você mesmo diz. Porque essas coisas fogem do nosso controle.

Tudo bem... mas eu sinto raiva, sinto um misto indecifrável de re-ações - e me trazem a idéia de esquecer o que está longe dos olhos. Viver o que aqui está. Mil histórias que aparecem, que me arrebatam, que não consigo levar porque não entraram em sintonia com o que desejo para mim. Mas que, ainda assim, são possíveis.

Todas as coisas possíveis e impossíveis podem ser sonhadas e acontecer. Basta gente querer muito e perseverar. Mas é preciso alimentar o sonho. Alimentar os desejos com palavras e ações. E apertar o ENTER de nossas vidas, nem que seja para seguir em frente.

3 comentários:

Diógenes Pacheco disse...

Passei um tempo que a foto do meu celular era a tecla enter. :)

[]´s

Anônimo disse...

..nossa, que texto lindo.. interessante também a letra da Fernanda Mello. Ela é uma amigona, uma das poucas que tenho.
www.fernandamello.weblogger.terra.com.br
www.bogacildas.fotoflog.com.br
http://princesaderua.fotoflog.com.br

Super beijo e tenha uma ótima semana,

Anônimo disse...

..desculpe Roberta, foi uma falha mesmo. Prometo não esquecer da proxima vez.
Nunca Sós

Sou lacônica, mas as palavras pedem liberdade
E se não saem sonoras, escritas imploram e os traços eu faço
E como corroem, palavras de ácido.

Não há base que as neutralize
Não há silêncio que as emudeça
Nem multidão que as intimide.

Tímidas, mas selvagens
Rompem a mudez dos meus lábios
Signos que brincam
Alma transformada em sonho individual ou coletivo
Assim encontram os anseios de todos
E juntos descobrimos que nunca estamos sós.
Roberta Leiane.

super beijo .. tenha um ótimo dia!